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22/12/2017

Campo de Conexão



"O primeiro fenômeno que observamos no trabalho com as constelações familiares é que há obviamente uma dimensão da consciência que todos nós partilhamos. Todos nós participamos num campo comum. Os representantes frequentemente sentem e comportam-se como as pessoas reais que representam, embora nem o terapeuta nem eles mesmos recebam toda a informação, para além dos factos iniciais. O cliente frequentemente fica perplexo quando os representantes fazem o mesmo tipo de comentários que as pessoas reais, ou expressam os mesmos sentimentos ou sintomas. Isto sugere que os membros reais da família participam nesta dimensão do saber de alguma maneira. Neste nível, não há nenhuma informação que não seja acessível à alma.

Como explicar este fenômeno permanece um mistério. Rupert Sheldrake, um cientista inglês, provou em diversas experiências com cães que quando o seu dono está ausente, alguns cães detectam imediatamente o momento em que o seu dono decide voltar para casa. Podem detectar este momento mesmo que a viajem de regresso do seu dono tenha início num continente diferente. As distâncias parecem ser aqui irrelevantes. Isto prova que há algum campo de conexão que se estende para além do tempo e do espaço, em que o cão e o dono participam."

Bert Hellinger

28/11/2017

Quem está ressentido, não está livre - Stephan Hausner




Quem está ressentido, não está livre 

"Na constelação o paciente reconhece onde se encontra atado e onde tem potencial para desatar essas ataduras.

Não se trata de mudar comportamentos, mas de mudar posições fundamentais, que levam ao crescimento. Talvez, a partir desse crescimento, ele possa então mudar comportamentos.

Quando começo a trabalhar com um grupo de constelação, explico que em grande medida é o conceito que o paciente tem sobre a vida que o levou até o ponto onde ele se encontra neste momento.

Explico-o através de um exemplo, que designo por “ecologia da doença”: quando na sequência da fratura de uma perna nos colocam o gesso que nos obriga a ficar na cama, sabemos que por um breve período de tempo não vamos poder caminhar; quer dizer que o nosso corpo só investe nas estruturas estritamente necessárias.

Porque é que um corpo pode manter uma doença por vezes ao longo de toda a vida? Isso é explicável quando a doença tem um significado mais profundo, ou quando o paciente dela beneficia, de forma inconsciente.

Este enquadramento da doença tange à responsabilidade pessoal pela situação. O assentir à situação vital atual é, para mim, a premissa para se realizar um trabalho de constelação e é também o primeiro passo em direção à solução.

A experiência mostra que quando uma pessoa não pode dizer “sim” à sua situação de vida, à sua vida tal como a recebeu dos seus pais, então não pode dizer “sim” àquilo que se revela numa constelação. 

Só tem futuro quem está em consonância com o seu passado.

Quem está ressentido com seu passado, está atado, e, portanto, não está livre para o futuro.

A força para a solução e para a cura vem da consonância.

Portanto, a anamnese que faço é determinada pela pergunta: qual é o tema com o qual o paciente não está em consonância? Isto pode referir-se à sua vida pessoal, de um trauma, de um movimento interrompido, ou pode também ir para além da sua vida pessoal.

Nas constelações com doentes torna-se evidente que a visão sobre a vida pessoal não é suficiente. Para uma vida plena, com saúde, é necessário estar em consonância com os nossos pais, com a história da nossa família e com a história do mundo tal qual como ele é.

O oposto da consonância é a reclamação, a culpabilização e a censura. Com isto, estreitamo-nos e paralisamos.

Quando termina, vivenciamos a resolução como curativa e pacificadora da alma e do corpo.

Nas constelações a doença revela-se-nos na sua condição de força reguladora à serviço do indivíduo, da família e de sistemas maiores."


Stephan Hausner. Curación en Sintonía. Una conversación con Marianne Franke. 21.09.06. In ECOS-boletín nº 21, enero de 2009.

Fonte e tradução do castelhano por Eva Jacinto.

27/10/2017

Pós Graduação Educação Sistêmica fenomenológica




Próximo módulo ocorrerá dia 8, 9 e 10 de dezembro em Várzea Grande -MT, com o docente e psicólogo René Schubert:

Família em Situações Especiais 

Conteúdo Programático Previsto:

- Breve introdução à psicologia e psicanálise da infância
- O conceito de normalidade e psicopatologia a partir da Psicologia
- A Morte dentro do sistema familiar / O luto e seus movimentos / Falecimento precoce de Pais / Falecimento de Filhos
- Pais separados e novos parceiros dos pais / Divórcio / Famílias com múltiplas figuras parentais
- Filhos fora do casamento / A adoção / Crianças Institucionalizadas / O Abandono
- A presença de uma criança especial em casa / A psicose e suas consequências sobre o sistema familiar
- Abortos / Catástrofes ou guerras / O ambiente das Drogas e os reflexos da drogadicção dentro da família / Assassinos e famílias Assassinas / O Suicídio dentro da Família 
-  Abuso sexual Infantil / Agressão e Violência Familiar




Sobre a Pós Graduação em Educação Sistêmica Fenomenolôgica da Faculdade Sedac e do Instituto Oca:

A pós-graduação em Educação Sistêmica Fenomenológica da Faculdade Sedac é a primeira do país a estudar cientificamente a pedagogia sistêmica, incluindo as aplicações na educação, no Direito e na saúde pública.
O curso tem duração de 18 meses dividido em módulos de três dias, realizados uma vez por mês. Os alunos cursam juntos até o 14º módulo e depois fazem as aulas específicas de cada ênfase.
Entre os temas abordados na pós-graduação estão ferramentas sistêmicas para atendimentos individuais, paradigmas da educação sistêmica, mediação e conciliação, fenomenologia e filosofia, PNL e coaching para educadores, processos biopsicosomáticos no contexto relacional sistêmico, entre outros.
A educação sistêmica fenomenológica proporciona ao profissional ser capaz de entender e reconhecer o ser humano como um todo, não olhando apenas para os sintomas, mas para todo o processo de formação do ser humano. Esse profissional consegue atuar na resolução de conflitos, em diferentes áreas, por entender que os comportamentos que cada pessoa apresenta são resultados das vivências, especialmente no âmbito familiar.
Essa pedagogia surgiu com o filósofo e professor alemão Bert Hellinger, que desenvolveu um trabalho em escolas da África do Sul e que estudou diversas abordagens psicoterapêuticas que eram usadas com os alunos. Essa metodologia começou a ser replicada em diversos sistemas educacionais e mais tarde em empresas e hospitais.
Maiores informações: 
Faculdade Sedac - http://www.sedac.edu.br/ - secretaria.geral@sedac.edu.br

25/10/2017

Refletindo a “Atração sexual genética”/ “Genetic Sexual Attraction”


Recentemente foi publicado no veículo de notícias Hypescience um artigo abordando a temática da Atração sexual genética, que é definida como “o incesto entre parentes próximos, tais como irmãos ou meio-irmãos, pai e filhos, ou primos de primeiro e segundo grau que se encontram pela primeira vez depois de adultos. O termo foi cunhado nos EUA no final dos anos 80 por Barbara Gonyo, a fundadora do Truth Seekers In Adoption - grupo de apoio baseado em Chicago para adotados e seus familiares de sangue até então desconhecidos.”

Segundo pesquisas os fatores contribuintes seriam: “As pessoas tendem a selecionar companheiros que são como si mesmas, o que é conhecido como acasalamento preferencial. Isso é válido para aparência física e traços mentais. As pessoas comumente classificam rostos semelhantes aos seus próprios como mais atraentes, confiáveis do que a média. A hereditariedade produz semelhança física e mental substancial entre parentes próximos. Interesses comuns e traços de personalidade são comumente considerados desejáveis em um companheiro. A hereditariedade dessas qualidades é uma questão de debate entre natureza e nutrição, mas as estimativas são de que o QI é aproximadamente 80% herdável e os 5 grandes fatores psicológicos cerca de 50% herdáveis. Estes dados são para adultos em países ocidentais.Pelas razões acima, presume-se que a atração sexual genética ocorre como uma conseqüência de parentes genéticos que se encontrarem depois de adultos, tipicamente como conseqüência da adoção. Embora esta seja uma rara conseqüência de reuniões adotivas, o grande número de reuniões adotivas nos últimos anos significa que um maior número de pessoas são afetadas. A atração sexual genética é rara entre as pessoas criadas juntas na primeira infância devido a uma cunhagem sexual "reversa" conhecido como o Efeito Westermarck, que dessensibiliza as partes.” (Fonte: Wikipédia).

Esta temática é provocativa e movimenta tanto questões morais e sociais como também posturas e dinâmicas culturais. A questão da relação sexual entre parentes, pessoas da mesma família é amplamente discutida e muitas vezes vista como criminosa ou aberrante para muitas religiões e crenças. Sigmund Freud chega a abordar a questão do ponto de vista da psicanálise refletindo tanto a moral social como instintivo de sobrevivência em seu livro Totem e Tabu (1913), onde descreve como muitas culturas antigas desenvolveram suas primeiras "leis" e regras de convívio social no sentido de impedir, proibir o incesto e relações sexuais consanguíneas. 

Esta temática surgindo à tona novamente no tecido social abre o espaço de reflexão e debate tanto das regras sociais, ritos de passagem, estrutura  e dinâmica familiar, comportamento saudável e patológico, relacionamentos e vínculos afetivos, Moral, Lei, Ética e Instinto.

Agora seguindo para o artigo postado na Hypescience, em Janeiro de 2015 editado por Gabriela Mateos:

No final dos anos 80, a fundadora de um grupo de apoio a crianças adotadas que recentemente se reconectaram com seus pais biológicos criou o termo “atração sexual genética” (GSA, na sigla em inglês) para descrever os intensos sentimentos amorosos e sexuais que ela viu acontecer em muitos das reuniões do grupo.

De acordo com um artigo publicado no jornal internacional The Guardian, os especialistas estimam que esses sentimentos, que obviamente são tabu, ocorrem em cerca de 50% dos casos em que pais afastados se reencontram com suas filhas adultas. Inclusive, a descobridora da GSA se sentiu atraída por seu próprio filho que ela colocou para adoção e conheceu depois, quando ele tinha 26 anos. Mas, nesse caso, os seus sentimentos não foram correspondidos.

Embora a pesquisa sobre esse tema ainda seja escassa, aqueles que estudaram GSA oferecem uma gama de possíveis explicações para esse fenômeno, incluindo um sentimento primordial de ter sempre “pertencido” a esse parente, um sentimento de querer experimentar o vínculo perdido durante a infância, ou simplesmente uma proximidade esmagadora com base em semelhanças – como encontrar um companheiro que foi projetado para você em um laboratório de ciências.

Atração sexual genética - Incesto consensual entre pais e suas filhas continua sendo o menos relatado dos casos, e talvez o tipo mais polêmico dos casos possíveis de GSA (entre primos é o mais comum).

Keith Pullman, que dirige um blog sobre igualdade no casamento, conversou pessoalmente com mais de 20 casais desse tipo e observou que só alguns topam falar sobre o assunto, e especula que muitos temem que os outros vão achar que a filha deve ter sido abusada durante a infância.

Claro que quando esse tipo de união resulta em uma gravidez, as crianças que vão nascer podem enfrentar dificuldades potencialmente graves, como resultado das implicações genéticas de incesto – ainda que algumas comunidades online minimizem casos de gravidez para esse tipo de relação, esclarecendo os riscos.

Entrevista: A menina que namora o próprio pai

O que você vai ler agora é uma entrevista feita com uma mulher de 18 anos, em que ela descreve sem papas na língua como é seu relacionamento romântico de quase dois anos com seu próprio pai biológico, que ela conheceu após 12 anos de afastamento.

Como era a sua família quando você estava crescendo?

Meus pais tinham 18 anos quando me tiveram. Eles se conheceram no colégio e eu fui concebida na noite do baile de formatura. Eles ficaram em um relacionamento sério por cerca de seis meses, mas se separaram enquanto minha mãe ainda estava grávida de mim. Meu pai não estava lá quando eu nasci. Eu acho que os problemas psicológicos da minha mãe fizeram a relação nunca realmente funcionar. Ela tem transtorno bipolar e alguns outros problemas de saúde mental. Eles não estavam felizes e realmente não mantiveram contato depois que eu nasci. Ela queria fazer isso sozinha. Quando ela está maníaca, é difícil de saber o que ela vai dizer. Depois que eu nasci, ela teve um colapso nervoso e não podia mais cuidar de mim, então eu passei a viver com meus avós até estar prestes a completar 2 anos. Acho que isso é parte da razão pela qual nós nunca fomos próximas: nós não fizemos vínculo quando eu era um bebê.

Você teve algum contato com seu pai quando era criança?

Ele voltou brevemente para a minha vida quando eu tinha uns 3 ou 4 anos. Eu o via nos finais de semana até eu ter cerca de 5 anos. Ele morava cerca de uma hora de distância de nós e meus pais constantemente discutiam sobre visitação. Ele estava sempre dirigindo para me ver, porque minha mãe não gostava muito dele – ela nem sequer quis conhecê-lo.

Você consegue se lembrar do tempo que passou com seu pai quando era pequena?

Eu tenho algumas memórias. Ele me mimou bastante. Eu tinha um armário gigante de guardar minhas bonecas Barbie e o meu próprio quarto de conto de fadas. Era o sonho de qualquer menina. Sentávamos no quintal e ficávamos soprando bolhas de sabão juntos, e ele me levou para o zoológico, onde me comprou um bicho de pelúcia que eu guardei até que completasse 16 anos, quando eu o lavei e estupidamente o coloquei na secadora, que derreteu todos os seus pelos. Lembro que ele me deu um jogo de chá em miniatura. Esse eu ainda tenho.

Desde então você teve zero contato ou sequer soube dele?

Quando eu tinha uns 15 anos ele entrou em contato por e-mail com a minha mãe dizendo que gostaria de me ver. Lembro-me claramente o momento em que ela me disse isso. Eu disse que sentia falta dele e não me importaria de vê-lo. Ela me perguntou como eu poderia sentir falta de alguém que eu não tinha visto por um tempo tão longo. Mas o que eu perdi foi uma figura paternal. Minha mãe sempre escolheu o cara errado na multidão e ela teve dois divórcios. Eu ainda não estou realmente próxima do meu padrasto atual, embora eles já estejam juntos há 10 anos. Por alguma razão, meu pai e eu acabamos não nos encontrando por mais dois anos, de modo que não houve contato algum por 12 anos – nós acabamos nos unindo de novo quando eu tinha 17.

Então, quais foram seus sentimentos em relação a ele quando você estava crescendo? Você pensou muito sobre ele?

Eu costumava ficar imaginando onde ele estava, o que estava fazendo. Por que eu não tinha visto ou ouvido falar dele? O que é que a minha mãe fez? O que ele fez? O que eu fiz? Meus problemas de abandono realmente bateram quando eu era adolescente. Minha mãe e meu padrasto deram um tempo, porque eles estavam brigando muito e eu chorei o tempo todo quando ele tinha ido embora. Eu sentia falta dele, o que era estranho porque não tinha muito um relacionamento com ele. Então me perguntei: por que eu estou chorando por alguém que eu não estou nem perto?

Você acha que isso desencadeou o abandono que sentia de seu próprio pai?

Sim. Acho que eu estava inconscientemente repetindo o que eu já tinha passado.

Quantos padrastos você já teve?

Perto do final do relacionamento meus pais tinham a minha guarda conjunta e eu tinha um padrasto. Ele cuidou muito bem da minha mãe, mas ela passou por uma de suas fases psicóticas mais uma vez, por isso acabou. Ela teve outro marido que ficou louco e tentou matá-la. Ele era esquizofrênico. Então, ela ficou com o pai do meu irmão e eles namoraram por um tempo, mas quando meu irmão nasceu, o pai dele não queria nada com ele, então eu ajudei a minha mãe a criá-lo. Uma vez quando ele tinha cerca de 3 anos, ela voltou com o meu padrasto atual e teve a minha irmãzinha. Meu irmão e eu temos 9 anos de diferença e minha irmã é 12 anos mais nova do que eu. Penso neles como meu irmão e minha irmã, e eu também os considero como meus bebês porque eu ajudei a criá-los.

Por que seu pai não tentou entrar em contato com você?

Minha mãe disse que ele não queria me assumir. Mas ela era muito controladora e me manteve em Fort Knox em condições semelhantes. Ela tem a minha senha do Facebook desde que eu criei uma conta. Um dia, depois que eu recuperei meus privilégios de usar o Facebook, ele me adicionou. No início, achei que era o meu avô, porque eles têm nomes muito semelhantes. Eu pensei: talvez o vovô seja antenado? Então eu percebi que era o meu pai. Eu estava tipo ‘Oh, meu Deus, onde você esteve? Eu não sei se eu posso chegar perto de você’. Eu disse a ele que achava que ele estava morto e perguntei porque ele demorou tanto tempo para entrar em contato comigo. Ele disse que estava tentando me adicionar no Facebook fazia tempos, mas eu sempre recusava os seus pedidos. Mas essa era a minha mãe controlando minha conta. Depois que nos reencontramos, ele me mostrou e-mails que tinha enviado na tentativa de se conectar comigo.

O que aconteceu depois?

Nós conversamos on-line por alguns dias e descobrimos que éramos muito parecidos. Nós gostávamos dos mesmos programas de TV – Os Simpsons e The Big Bang Theory – e ambos gostavam de desenhar. Ele veio me ver cerca de uma semana depois. Não dava pra acreditar que a gente não se via há 12 anos. A ideia de ‘conhecê-lo’ parecia estranha porque éramos tão parecidos. Ele veio e ficamos juntos por todo o dia e, em seguida, eu pedi para ir passar uma semana com ele – ele vivia em uma pequena cidade a cerca de 30 minutos. Acho que minha mãe sabia que eu ia me mudar e chegou ao ponto de eu ter que fugir, porque ela era muito controladora.

Ela sempre foi assim?

Não quando eu era mais jovem. Ela estava passando por uma fase selvagem e queria ser mais uma amiga do que uma mãe. Ela ainda estava na casa dos 20 anos e trabalhava em um bar. Quando fiz 13 anos, ela me reprimiu em estilo militar. Eu não tinha uma voz e eu tinha que fazer tudo o que ela pedia, apenas para manter a paz em casa.

Você namorou quando era uma adolescente?

Eu realmente não tive uma vida social. Fiquei muito em casa, porque minha mãe não confiava em mim, e a maioria das pessas da minha idade eram viciadas em heroína, por isso era difícil de encontrar amigos. Eu morava em uma cidade tão pequena, onde não havia nada a fazer. Na quinta série eu namorei um menino por dois anos. Mas uma noite ele ficou bêbado e fez sexo com uma garota que acabou grávida. Ele fodeu tudo. Eu disse que tinha que ficar com esta menina e cuidar da criança deles.

Ela acabou dormindo com um cigarro na boca e sua casa foi incendiada, então ela deixou a cidade com a criança e nunca mais voltou. Eu o apoiei durante isso e acabamos meio que namorando de novo, então minha mãe encontrou cartas que havíamos escrito um ao outro sobre nossos amaços. Ela disse que as coisas estavam ficando muito sérias e sexuais, me tirou da escola e resolveu me educar em casa por um tempo.

Você quis fazer sexo com aquele namorado?

Não. Eu tinha uma namorada no ensino médio que foi a experiência sexual mais importante que eu já tive. Mas ela era muito religiosa e cada vez que ficávamos mais íntimas ela começava a chorar e me ler os versículos da Bíblia. Isso fez eu me sentir como se tivesse machucando ela. A segunda vez que fiz isso, ela chorou e disse que tinha feito algo errado e ela estava preocupada que sua avó iria descobrir. E aí eu cansei depois disso. Cansei de choro e de leituras da Bíblia. Ela me fez chorar, porque eu me senti tão culpada.

Como você define a sua sexualidade?

Eu sempre me identifiquei como bissexual.

Você consegue se lembrar de como foi o momento em que você e seu pai se reencontraram? Houve uma atração instantânea?

Foi tão estranho e confuso. Eu estava vendo o meu pai pela primeira vez desde sempre, mas foi também gostoso, ele é tão bonito! E então eu estava tipo ‘o que diabos você está pensando? O que há de errado com você?’. Eu o vi como o meu pai, mas parte de mim também foi pensando em se encontrar com esse cara que eu tinha conversado pela internet e com quem realmente havia me conectado, que tinha achado atraente.

Houve um momento em que você percebeu que estava sexual e romanticamente atraída por seu pai?

Depois que eu passei cerca de cinco dias com ele.

O que aconteceu?

Ele estava morando com a namorada dele. Na primeira noite ele dormiu no sofá e eu dormi no chão, só para ter certeza de que eu estava bem.

Por que isso?

Dormir em novos lugares me deixa muito ansiosa, então eu pedi para ele ficar comigo, caso eu tivesse um dos terríveis pesadelos que eu costumava ter. A segunda noite, ele teve que dormir no sofá novamente e, em seguida, na terceira noite eu dormi com ele no chão deitado em seu peito, nos seus braços. Na quarta noite acabamos no chão novamente. Desta vez nós ficamos realmente abraçados. Quando ele acordou, ficamos de conchinha. Eu não sabia disso na época, mas depois, quando admitimos nossos sentimentos, ele me disse que tinha tido uma “ereção matinal” e tinha ficado naquela posição para esconder.

Você sentiu isso?

Não, eu estava dormindo e ele discretamente foi para o banheiro.

Quer dizer que ele foi se masturbar?

Não, ele só foi fazer xixi. Ele não queria que eu visse que ele estava tendo uma ereção. Mais tarde naquele dia, fomos fazer compras, porque eu tinha crescido e todos os meus shorts estavam pequenos, então eu perguntei se ele poderia me comprar alguns novos. Eu estava experimentando e perguntei para ele como tinha ficado. Ele disse que estava bom e eu senti como se estivesse rolando algo a mais, mas eu empurrei-o para fora da minha cabeça. Naquela noite, nós estávamos brincando no quarto que eu ia dormir e eu o mordi. Ele estava usando um par de shorts de basquete e uma regata e depois que eu o mordi eu pude ver que ele ficou todo arrepiado, dos dedos dos pés até os ombros. Em seguida, ele beliscou minha coxa e eu tive arrepios.

Paramos e eu disse que não sabia o que estava acontecendo, mas admitimos que tínhamos fortes sentimentos um pelo outro. Discutimos se aquilo estava errado e, em seguida, nos beijamos. E então nós demos uns amaços, e depois fizemos amor pela primeira vez. Isso foi quando eu perdi minha virgindade.

Você disse para ele que era virgem?

Sim. Eu disse a ele que eu queria que ele fosse a minha primeira pessoa. Nós conversamos sobre como poderia ser um pouco estranho se não desse certo. Ele também disse que se eu não me sentisse confortável em qualquer ponto eu deveria dizer a ele.

Como foi?

Há uma razão para eu ter perdido minha virgindade com ele. E é porque eu nunca tinha me sentido confortável com qualquer outro homem antes dele. Ele era incrivelmente sensual. Durou cerca de uma hora e teve um monte de preliminares. Nós dois tivemos orgasmos. Nós somos tão parecidos, por isso foi tão fácil satisfazer sexualmente um ao outro. Por exemplo, nós dois amamos mordidas no pescoço. Eu nunca estive em um relacionamento mais apaixonado, amoroso e satisfatório antes.

Mesmo na primeira vez? Porque muitas vezes não é a melhor experiência sexual…

Foi isso que eu disse! Eu tinha ouvido falar que iria machucar então eu estava esperando a dor, mas nós dois estávamos tão cuidadosos um com o outro. Eu acho que também foi uma boa experiência, porque a maioria dos rapazes da minha idade só estão interessados em fazer sexo. Eu poderia dizer que não foi o caso com ele.

Dada a diferença de idade e de experiência, você se sentiu forçada ou coagida em algum momento?

Absolutamente não. Ele fez tudo como eu queria que ele fizesse. Nós dois começamos aquilo e ele ficava me perguntando se eu estava bem, não porque ele pensou que eu estava angustiada, mas porque ele queria que eu soubesse que poderia parar em qualquer ponto. Era como qualquer outro homem e uma mulher fazendo sexo depois de terem cada admitido seus sentimentos um pelo outro.

Como foi depois?

Não foi nada estranho. Foi tão natural. Ele nem sequer sentiu o tabu daquela situação. Eu senti como se tivesse acabado de fazer amor com um homem que eu tinha me relacionado por anos.

Você achava que um relacionamento sério era uma possibilidade?

Discutimos isso antes que fizemos sexo. Eu disse a ele que eu estava me guardando para alguém com quem eu ficaria comprometida para o resto da minha vida. Era importante para mim deixar claro que, se eu fizesse amor com ele, ele estaria em um relacionamento comigo. Eu não me arrependo de nada. Eu estava feliz pela primeira vez na minha vida. Nós nos apaixonamos profundamente.

Você tinha sido depressiva antes disso?

Eu tenho lutado com depressão crônica, e eu havia sofrido bullying na escola.

Sobre o que você sofria bullying?

Principalmente por causa do meu peso e pelo fato de eu não ser bonita o suficiente. Mas quando meu pai e eu começamos a namorar eu me tornei mais confiante, e é engraçado como ele faz eu me sentir muito mais atraente.

Quanto tempo ele demorou para terminar com aquela namorada que ele tinha?

Ele tomou o cuidado de sair imediatamente da casa da namorada, porque sabíamos que não poderíamos ficar juntos lá. Antes dela, ele estava com uma mulher há oito anos e ela é agora nossa companheira de quarto. Imagine como não foi estranho nos três primeiros meses!

Você contou a ela sobre a natureza do seu relacionamento?

Ela descobriu quando nos ouviu fazendo amor. Eu acho que nós não percebemos o quão fino o chão do quarto era. Ela realmente não se importou. Agora nós somos como uma pequena família. Ela me chama de filha.

Quantas pessoas sabem sobre isso?

Ninguém do lado da família da minha mãe não sabe. Aqueles que sabem que ele é meu pai e que estamos namorando são os pais do meu pai (que podem ver como estamos felizes juntos e não podem esperar até que a gente tenha bebês – sim, eles nos tratam como qualquer outro casal), a mulher que vive com a gente, e meu melhor amigo.

Você está noiva?

Estou pensando em um casamento completo, mas não vai ser legalmente registrado. E, pessoalmente, eu não acredito que você precisa de um pedaço de papel para provar que você quer estar com a pessoa que você ama. Quando você se casa, você está assinando parte de si mesmo sobre a alguém. Vamos dizer a todos que temos a nossa certidão de casamento, mas eles não tem nada a ver isso. Um de nossos amigos vai atuar como o celebrante.

Você vai fazer uma festa? Você tem alguma coisa planejada?

Sim. Eu quero uma festa para representar a nossa singularidade, então nós não vamos fazer um casamento branco. O esquema de cores vai ser preto e roxo, e nós estamos pensando em usar tênis Converse. Ele estará vestindo calça jeans e uma camisa agradável. Ele diz que não usará uma gravata borboleta, mas é o meu casamento e eu estou insistindo para que ele use. Minha melhor amiga será minha dama de honra e ela vai estar vestida de roxo. Minha avó e avô – os pais de meu noivo – vão participar e meu avô vai me entregar ao meu noivo. As mesas terão buquês de árvores sem folhas para representar o nosso casamento, que será como uma árvore que cresce. Meu vestido será preto.

Como você consegue escondê-lo de sua mãe? É difícil manter um segredo?

Ela não mora na mesma cidade que nós e faz visitas umas duas vezes por mês. Ocasionalmente, a gente vacila e chamamos um ao outro de “baby” e outros nomes carinhosos na frente dela. Ela age como se houvesse alguma coisa, mas ela não sabe o que diabos está acontecendo. Recentemente fizemos tatuagens juntos. A minha diz: “Eu amo a minha manteiga de amendoim”, porque eu o chamo de manteiga de amendoim. E a dele diz: “Eu amo a minha geleia”, porque é disso que ele me chama. Que pai e filha você conhece que têm nomes assim um para o outro, bem como tatuagens?

Você acha que você vai dizer a ela?

Pretendemos mudar para Nova Jersey, onde podemos ficar seguros nos termos da lei, uma vez que o incesto adulto não é ilegal lá, e quando eu estiver por lá vou contar a todos. Vou ligar para a minha mãe e contar que estamos apaixonados e que vamos ter filhos. Se ela quiser ver seus netos, vamos mandar dinheiro para que ela possa vir nos ver. Antes de nos mudarmos, eu não fico confortável em contar para ninguém da minha cidade natal. E se alguém chama a polícia?

É isso o que a impede de contar para ela agora?

Parte de mim acha que ela não vai dar a mínima e, em seguida, outra parte de mim pensa que ela vai querer nos caçar e colocar a polícia no meio para nos prender e jogar a chave fora. Ela é muito imprevisível, então eu não sei como ela vai reagir.

E a sua irmã?

Tenho a sensação de que ela já sabe. Nós somos tão próximas que sempre pegamos no ar as emoções de cada uma. Quando éramos mais jovens e eu estava triste, ela vinha rastejando para a minha cama para me confortar. Tenho notado que ela se refere ao meu pai como se referia ao meu ex-namorado. Ela costumava chamá-lo de “seu pai”, mas agora ela usa seu nome. Mas eu quero dizer a ela, porque ela é muito importante para mim. Se não fossem as questões legais eu diria a todos. Não parece certo esconder dela, mas eu tenho que fazer isso para manter meu relacionamento seguro.

Então, vocês vão ter filhos ou vão adotar?

Nós vamos ter filhos juntos.

Você vai dizer a seus filhos que o pai dele é seu pai também e seu avô deles?

Nós decidimos que provavelmente não. Eu não quero dar-lhes quaisquer problemas.

Você se sentiria confortável em manter um segredo tão grande?

Isso é algo que eu vou ter que descobrir.

Você se preocupa com os potenciais problemas genéticos associados a ter filhos com seu pai biológico?

Não. Eu não correria o risco de ter um filho, se eu pensasse que poderia ser perigoso. Eu fiz minha pesquisa. Todo mundo pensa que as crianças nascidas em relações incestuosas definitivamente terão problemas genéticos, mas isso não é verdade. Isso acontece quando há anos de consanguinidade, como com a família real. Incesto tem acontecido desde que os seres humanos existem. Todo mundo só precisa lidar com a ideia, contanto que ninguém se machuque ou seja pressionado ou forçado a qualquer coisa.

Há tantas pessoas que têm crianças que passam por problemas de saúde, pessoas com diabetes ou problemas de saúde mental, ou até AIDS. Minha mãe foi autorizada a ter filhos e tanto ela quanto sua mãe são bipolares. Minha pesquisa me diz que o único risco genético real é a pressão arterial elevada, o que é controlável. Acho que as pessoas só se preocupam com isso porque eles olham para os problemas genéticos que ocorreram quando o incesto vem acontecendo geração após geração. Eles dizem: bem, olhe para o rei Henrique VIII, mas ele tinha problemas genéticos só porque o incesto estava acontecendo em sua família por muitos anos.

A dinâmica da relação pai-filha faz parte de sua vida sexual?

Normalmente não, mas apareceu algumas vezes quando um de nós deixa escapar “bebê” ou “papai” ou algo assim. A última vez que isso aconteceu, nós dois levantamos e deixamos de fazer o que estávamos fazendo. Nos pegou desprevenidos.

Como é saber que seu noivo já namorou sua mãe e teve relações sexuais com ela?

Isso foi há muito tempo. É realmente apenas o mesmo que pensar sobre o seu namorado fazendo sexo com uma ex-namorada qualquer. Eu não convivi com eles enquanto eram um casal.

Você acha que vocês têm algo especial que outros casais não têm?

Eu acho que nós temos uma relação melhor do que qualquer casal que eu já conheci, porque a nossa ligação é muito forte. Eu me sinto tão próxima dele e tão apaixonada por ele. Estamos há quase dois anos juntos e com o sentimento de que estamos nas primeiras semanas. Todo mundo diz que somos o casal mais bonito que eu já viram. Ele foi meu par no baile de formatura.

Você chama ele de pai alguma vez?

Quando eu preciso do meu pai, eu digo: “Ei, pai, eu preciso de você”. E então ele não vai ser o meu noivo ou o meu namorado, mas sim meu pai.

Você já pensou sobre o que aconteceria se vocês se separassem?

Eu sinceramente não sei o que eu faria. Minha vida viria a uma paralisação completa. Eu não seria feliz ou confiante, e eu não sei como me expressar da maneira que eu faço quando estou com ele. Se as pessoas descobrissem sobre nossa relação, ele provavelmente seria preso. É tipicamente o homem que é preso quando há um caso de incesto.

Como você cresceu sem ele e não sabia onde ele estava por tanto tempo, você não se preocupa que, se vocês se separassem, perderia tanto o seu noivo quanto seu pai?

Nós tivemos essa conversa, e eu tenho problemas de abandono. Por exemplo, quando nós brigamos uma vez e ele saiu para fora de casa na hora da discussão e eu lhe disse: “Por favor, não vá lá fora, porque a última vez que alguém teve uma discussão em minha casa e foi embora nunca mais voltou”. (Esse foi um dos meus padrastos.) Ele prometeu que, se qualquer um de nós decidir que o relacionamento não está mais funcionando, ele ainda vai querer estar presente em minha vida como o meu pai.

A grande diferença de idade é um problema?

Eu odeio pessoas imaturas, eu não suporto drama, e eu quero bater na maioria dos adolescentes, porque eles agem como se tivessem 5 anos. Eu me sinto como uma pessoa de 37 anos presa no corpo de um jovem de 18 anos de idade.

O que você gosta mais nele?

Eu posso ir até ele com qualquer coisa e ele vai me ouvir e me dar bons conselhos. Ele me ajuda a corrigir meus problemas. Eu amo tudo sobre ele, mas a proximidade extrema e a ligação especial é o que eu realmente valorizo – a maioria das pessoas não tem isso. Desde o início nós somos confortáveis um com o outro por sermos muito abertos e próximos, porque somos muito parecidos. Eu nunca me senti tão perto de ninguém.

Que tipo de coisas que vocês têm em comum?

Nós dois gostamos de ficar ao ar livre e nos interessamos em coisas artísticas, como fotografia e pintura. Nós dois temos um amor extremo por animais – temos cinco cães e gostamos do campo e atividades com cavalos. A nossa comida favorita é frango, nosso segunda comida favorita é peixe. Nós dois gostamos de computadores e videogames. Nós dois queremos uma grande família.

Fisicamente, ele é seu tipo?

Definitivamente. Ele é alternativo e tem piercings e tatuagens.

Você são fisionomicamente parecidos?

Eu acho que não. E acho que as pessoas apenas nos veem como namorado e namorada mesmo. Eu acho que nós temos estruturas ósseas semelhantes. Mas ele tingiu o cabelo e parece jovem para sua idade, por isso a maioria das pessoas acha que ele está em seu 20 anos ainda.

Quanto tempo vocês passam juntos?

A única coisa que fazemos de forma independente é ir para o trabalho/escola. Ele trabalha com pequenos concertos e estou estudando cosmetologia, mas fora isso estamos juntos o tempo todo.

Qual é a sua resposta para as pessoas que simplesmente não podem entender a natureza do seu relacionamento?

Eu só não entendo por que eu estou sendo julgada por ser feliz. Somos dois adultos que tiraram um ao outro de lugares sombrios. As pessoas precisam pesquisar incesto e GSA, porque eu não acho que elas entendem como muitas vezes acontece.

O que você diria para as pessoas que podem pensar que este é um relacionamento abusivo, que ele é seu pai e você ainda é uma adolescente?

Quando você tem 18 anos você sabe o que quer. Você é um adulto sob a lei e é capaz de consentir. Eu posso cuidar de mim mesma. Eu não preciso de proteção. Se eu estivesse em uma situação onde eu precisasse sair eu o faria. Eu não tenho medo de me defender. Minha mãe me ensinou autodefesa, quer se trate de agredir alguém no olho com uma escova de rímel ou chutar um homem no meio das pernas, e ela teve o cuidado de me ensinar sobre toques inapropriados também. A partir de uma idade muito jovem, ela me disse para não ouvir as coisas clássicas que um abusador pode dizer, como quando eles dizem para você manter isso em segredo, ou que eles vão matar você ou sua família.

Por que ela se concentrou tanto em te defender de abuso sexual?

Seu padrasto abusou sexualmente dela e sua mãe não sabia disso até que eles se separaram, porque ela estava com muito medo de contar a alguém.

Você já foi abusada sexualmente quando era mais jovem?

Não, e meu pai me disse que o pensamento de se envolver comigo quando eu era pequena era terrível para ele. Uma vez, quando eu tinha uns 4 anos, estava em um carrinho de golfe e o marido da minha mãe me tocou na parte interna da perna. Não foi superagressivo, mas eu me senti muito desconfortável com isso. Eu disse ao meu pai e ele chamou a minha mãe e eles me levaram para um hospital infantil para me examinar. Não havia sinais de abuso.

Você desconfiava dos homens quando estava crescendo?

Sim, porque eu sempre soube do que eles são capazes.

Você acha que é por isso que você não namorou um monte de homens?

Foi e não foi. Não havia um monte de gente que me chamasse a atenção, por um lado, e eu realmente não queria perder a minha virgindade com alguém que eu não pudesse garantir que estaria para sempre comigo. Meu primeiro beijo foi com meu namorado, aquele que durou dois anos. Sempre foi importante para mim que fosse sério. Eu cresci sem um pai e minha mãe teve um monte de parceiros diferentes. Eu não quero isso para os meus filhos. Eu quero que eles estejam em um lar feliz e estável com duas pessoas que se amam.

Fontes:



Como é dormir com o próprio pai - https://hypescience.com/como-e-namorar-o-proprio-pai/

11/10/2017

Trauma e Constelação Familiar


Treinamento com a facilitadora austríaca Karin Schoeber - Trauma, presença e as constelações com enfoque na Autonomia e no Pertencimento - no Espaço Conexão Sistêmica.

Algumas colocações e impressões pessoais obtida a partir deste intenso treinamento de muito aprendizado e crescimento:

“Os processos de trauma terapia e das Constelações se integram e são complementares. As estruturas internas do cliente que surgem a partir da Constelação Sistêmica são quase todas relacionadas a traumas. A Experiência Somática acrescenta uma profundidade de compreensão do processo de trauma, que são passados por gerações trazidas pela dimensão da Constelação Sistêmica. Ao mesmo tempo, o reconhecimento das estruturas necessária para o tratamento de traumas” Karin Schoeber

Presença: Inspirar lentamente e expirar profundamente. Que emoções estão em meu corpo? Onde? Como? Perceber e Reconhecer. Dê um lugar para estas sensações em seu corpo e encontre um nome e definição para esta emoção que está ai, agora!

Caminhamos pela vida entre momentos de expansão (crescimento e criatividade) e contenção (proteção e pausa). Abertura e fechamento. Inspiração e expiração. Vida e morte. Pelo que temos e somos passamos rápido ou lentamente por determinadas situações, ou absorvemos muito ou pouco de outras situações. Mas certas situações, momentos, eventos, são demais. Rápido, intenso, fortes...demais. E nestes pode acontecer uma clivagem...uma divisão interna. Uma parte congelada, parada. Uma parte que com custo e recursos sobrevive ao fato e segue adiante. Segue carregando consigo o que aconteceu, mas que doi, e por isto jaz um tanto esquecido, guardado, escondido, excluído.

O trauma muitas vezes restringe ou desfaz vínculos e conexões, dificultando e diminuindo a capacidade de auto-equilíbração, autonomia e capacidade de escolha e decisão com auto responsabilização e segurança.

Sentir no corpo (Sensações sensoriais), Sentir na região peitoral (Emoções) e tomar consciência com o racional, cognitivo daquilo que está ai. Perceber, reconhecer, estabelecer distinções, diferenciações e, ao mesmo tempo respirar, com atenção nesta e no ambiente que me envolve, em estado de presença.
Das crianças feridas, das partes traumatizadas que carregamos em nós mesmos...nós, a parte adulta, nos tornaremos os Pais.

Importante o facilitador reconhecer o que se mostra e a diferenciação de estados emocionais no cliente, nos representantes. E quando trabalhar no espaço, sempre verificar com os representantes: E agora, melhor, igual, pior, diferente? Qual sensação e emoção estão ai agora?

As crianças trazem ao consultório os sintomas que pertencem aos pais, ao sistema familiar.

O trabalho com formatos, estruturas como: Criança / Adulto (foccus) / Corpo - Antes do nascimento / Criança / Adulto (foccus)/ Corpo (e representantes que forem se mostrando e demonstrando necessários no espaço, como os pais, avós, recursos, eventos).

Sempre ficar atento ao cliente durante todo o processo de Constelação Familiar. Como ele está acompanhando? Está presente? Precisa ser desperto para a cena que se descortina à sua frente?
Descrever as sensações no corpo e as emoções presentes e, juntamente com cada representante verificar quais diferenças são percebidas durante o processo. Observar o conjunto da imagem formada no espaço e como estas estão, ou não vinculadas, conectadas ao todo.

Se esta emoção difícil, marcante, negativa não estivesse ai, o que ou qual seria? Que emoção você precisa para passar por este caminho difícil? Do que ou de quem você precisa? Qual emoção pode servir como recurso para que você possa alcançá-la no objetivo?


25/09/2017

Aos meus professores - Bert Hellinger




Meus professores

O que seria de mim sem meus professores? Quão generosos foram eles ao me darem seus tesouros em conhecimento e habilidades, que me serviram tão bem em vida e competência para que pudesse crescer e me tornar o que sou hoje?

Muitas vezes me esqueci o quanto devo a eles. Tudo tornou-se parte tão natural de minha vida e de mim mesmo, tamanho orgulho, como se tivesse vindo de mim.  Escapava-me o tanto que devia a eles, por esquecer-me deles às vezes. Por consequência isto tornou-se menos para mim, e perdeu a força.

Agora é diferente quando eu os tenho em meu coração, quando lembro-me deles com gratidão. Então me sinto um recebedor rico. Eles estão comigo naquilo que faço e naquilo que passo aos outros, quando, assim como foi feito comigo, eu dou aos outros o que serve a vida destes e para suas realizações.

Me sinto pequeno quando me comparo a eles? Ao contrário!

Posso ficar ao lado deles, servindo à vida, como eles, humildes e pequenos diante da vida, e, portanto, de forma mais completa, plena com a vida e com seus movimentos.

Quando honro e compartilho aquilo que devo aos meus professores, outros tomam de mim mais abertamente o que dou para suas vidas. O olhar deles vai além de mim para todos àqueles que estiveram ao meu lado, que partilharam a vida comigo, quando eu partilhava esta com outros.

Então todos nós olhamos para além de nossos professores, para o espírito criativo, que está trabalhando igualmente para a vida como um todo. Assim como nós fazemos diante deste espírito, todos fazemos uma reverência aos nossos professores, e estes, junto conosco, reverenciam ante este espírito.

Ante este Espírito nós permanecemos abaixo, na terra, todos nós, todos agradecidos, igualmente vivos e igualmente a serviço do espiritual.

Bert Hellinger em seu livro "Ajuda para a Alma na vida cotidiana"


Tradução livre do inglês por René Schubert





Original em inglês:

My teachers

What would I be without my teachers? How generously have they given to me from their treasure box of knowledge and skills that served my life and my competence so that I could grow into what I am now?
Often I forgot what I owe them. It all became so naturally a part of my life and of myself, of which I was proud, as if it came from me. Forgetting my teachers sometimes, much that I owe them escapes me. It becomes less for me and loses strength
It is different when I have them in my heart, when I remember them with gratitude. Then I feel richly given to. They are with me in what I do and in what I pass on to others, when, as they did to me, I give to others what serves their life and achievement.
Do I feel small in comparison to them?On the contrary! I may stand next to them, in the service of life, like them, humble and small before life, and thus all the more completely at one with life and its movements.
When I honor and share what I owe my teachers, others take from me more openly what I give to them for their life. Their gaze goes beyond me to all those who were be my side, who shared my life with me, as I share it with others.
Then we all look beyond our teachers, to the creative spirit who is equally at work in all life. As we did before this spirit, we bow to our teachers, and they, together with us, bow before this spirit. Before this spirit we remain below, on the ground, all of us, all grateful, all equally alive, and equally in spirit’s service.


Bert Hellinger, in his book "Help for the Soul in everyday's life

30/08/2017

Formação Constelação Familiar - Brasilia/DF




 Início em 10, 11 e 12 de novembro de 2017
  • Você tem interesse em conhecer mais profundamente a constelação Familiar?
  • Deseja utilizar essa ciência dos relacionamentos em sua vida? 
  • Aprender o que realmente ajuda seu cliente? 
  • Quer ser um constelador e trabalhar com as constelações familiares?

Esse treinamento é direcionado a tudo isso: Formação em Constelação Familiar Segundo Bert Hellinger - Brasília - DF.
Um curso vivencial, onde os participantes terão a oportunidade de conhecer, vivenciar e se aprofundar nas "Constelações Familiares". De maneira que as "Ordens do Amor" descobertas por Bert Hellinger, o autor das constelações familiares, sejam internalizadas e praticadas.
Neste curso os participantes serão conduzidos no passo a passo dentro dessa abordagem sistêmico fenomenológica que é a constelação familiar.
Sendo também direcionado àqueles que desejam trabalhar com as Constelações Familiares.


A quem se destina:
psicólogos, psicoterapeutas, médicos, advogados, enfermeiros, professores, pedagogos, juízes, assistentes sociais e áreas afins e a todos aqueles que almejam o auto-conhecimento e crescimento.
Módulos:
 
1º Módulo –  Introdução as Ordens do Amor:
Data*: 10, 11 e 12 de novembro de 2017
              *Quem é Bert Hellinger;
              *Surgimento da Constelação;
              *As Ordens do Amor;
              *O que é constelação;
              *Exercícios Práticos;
              *Constelações.

2º Módulo – Níveis da consciência / Campo Morfogenético:
Data*: 26, 27 e 28 de janeiro de 2018
              *Tipos de consciência;
              *Campo Morfogenético;
              *Olhar Sistêmico
              *Detectando repetições
              *Exercícios Práticos;
              *Constelações.

3º Módulo – Família de Origem:
Data*: 09, 10 e 11 de março de 2018
          *Quem pertence;
          *Circulos do Amor
          *Tomar a vida;
          *Movimento interrompido
          *Exercícios Práticos;
          *Constelações

4º Módulo – Relacionamento de Casal:
Data*: 11, 12 e 13 de maio de 2018
          *Pais e Filhos;
          *Relacionamento de Casal;
          *Vínculos;
          *Adoção;
          *Exercícios Práticos;
          *Constelações

5º Módulo – Doenças e Saúde:
Data*: 13, 14 e 15 de Julho de 2018
          *Doenças;
          *O amor que adoece e o amor que cura;
          *Dependências e Vícios;
          *Exercícios Práticos;
          *Constelações.

6º Módulo – Constelação Organizacional:
Data*: 07, 08 e 09 de setembro de 2018
          *Empresa;
          *Pertencimento;
          *Constelações estruturais;
          *Princípios Norteadores
          *Exercícios Práticos;
          *Constelações.

7° Módulo – Postura Terapêutica / Ordens da Ajuda:
Data*: 09, 10 e 11 de novembro de 2018
              *Postura Fenomenológica;
              *Postura do Constelador;
              *Frases de efeito;
              *Exercícios Práticos;
              *Constelações

8º Módulo – Direito Sistêmico:
Data*: 25, 26 e 27 de janeiro de 2019
           *O que é direito sistêmico;
           *Aplicações;
           *Vitímas e Agressores;
           *Heranças;
           *Exercícios Práticos;
           *Constelações.

9º Módulo – Constelação Individual e Supervisão:
          *Princípios;
          *Como fazer;
          *Aplicação do conhecimento no dia a dia;
          *Exercícios Práticos;
          *Constelações.

10º Módulo – SUPERVISÃO E CONCLUSÃO DO CURSO
          *Realização de constelações pelos alunos supervisionadas pelos consteladores.


Instituto Constelações - Brasilia/DF
Entre em contato: institutoconstelacoes@gmail.com
Maiores informações: http://www.institutoconstelacoes.com.br